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Cientistas investigam como espiritualidade pode ajudar a saúde do corpo

“Deitada na maca, ela ia rindo com as médicas para o centro cirúrgico”, lembra Patrícia, que hoje alimenta o Instagram da filha, uma modelo de 8 anos. “Ela começou a fazer campanhas quando ainda estava carequinha, tamanha a autoestima”. É neste sentido, por exemplo, que o médico deve explicar que o paciente não pode estar estressado quando for tomar o medicamento, porque a adrenalina vai atrapalhar a sua eficácia. “O estado de espírito do indivíduo interfere na farmacocinética, ou seja, na absorção e distribuição do remédio no organismo”, diz. “Se a oração e a fé do paciente podem acalmá-lo, isso será importante para que a medicação surta efeito”. “Queremos mostrar que é possível prevenir a doença tratando a espiritualidade primeiro, por meio do perdão e da gratidão, além de reforçar outras atitudes positivas como solidariedade, compaixão, humildade, paciência, confiança e otimismo”, diz ele, que não se importa com eventuais céticos no meio científico.

Isto gera equilíbrio das funções orgânicas controladas pelo sistema nervoso, como a produção de hormônios e a imunidade. Observou-se uma relação entre envolvimento espiritualista e vários aspectos da saúde mental, com mais sucesso para adaptação ao estresse. Em muitos estudos, a espiritualidade bem desenvolvida foi considerada um fator protetor para evitar sofrimento psicológico, suicídio, comportamento delinquente e abuso de drogas e álcool. Religião, por definição, é um conjunto pessoal ou sistema institucionalizado de atitudes, crenças e práticas religiosas; o serviço e adoração a Deus ou ao sobrenatural. Praticá-la traz um senso de perspectiva, significado e propósito para nossas vidas. Geralmente ela encoraja o otimismo e a busca por uma existência mais alegre.

Essa é uma questão de prática e concentração no seu propósito e pode funcionar de formas distintas para cada pessoa. Ele lembra que a tecnologia possibilitou muitos avanços na medicina, permitindo uma capacidade de prolongamento da vida. Mas citou que, na medicina atual, o paciente, em geral, ainda tem uma atuação passiva.

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“O câncer te coloca frente a frente com a questão da espiritualidade, é um momento de reflexão existencial”, diz Carolina, para quem as crianças, em geral, desenvolvem sua espiritualidade de maneira plena. “Não passa pela cabeça delas desistir ou desesperar, elas vão procurar mecanismos dentro delas mesmas para se adaptar a um novo momento de vida, que envolve muitos remédios, picadas, desconfortos e às vezes longos períodos de internação”. “A PNPICs pode fazer a grande diferença para a saúde da população, ao valorizar o conhecimento tradicional, as culturas regionais, amparada no aculturamento espiritualista, sobretudo a um baixo custo”, diz o neurocientista Sérgio Felipe de Oliveira. “É a possibilidade de diálogo com a população”, prossegue ele, para quem o diálogo entre ciência e espiritualidade nunca foi tão urgente. As práticas de massagem (ayurveda) e reiki, usadas por Helma no tratamento das sequelas da covid-19, integram a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPICs), adotada em 2006 pelo Ministério da Saúde. Pesquisar o impacto dessas práticas na saúde mental dos pacientes é o foco do IPq, que também promove cursos sobre como o abordar o tema nos consultórios.

Como a espiritualidade pode nos ajudar?

“Isso nos ajudou a lidar com as emoções e a não nos entregarmos ao desespero”. “Um dia, depois das primeiras sessões de quimioterapia, levei um susto quando um tufo de cabelo dela saiu na escova. Cora percebeu e começou a cantar para me alegrar”, diz Patrícia. Segundo ele, com intervenções baseadas em perdão e gratidão é possível controlar, por exemplo, a pressão arterial. “Mas não um perdão condicional, que mantém o ressentimento, e sim um perdão emocional, que muda o que se sente em relação ao agressor”, afirma. Pessoas espiritualistas tendem a ser fisicamente mais saudáveis, têm estilos de vida mais benéficos e requerem menos assistência médica.

Tudo sobre o câncer

A cura pode ser influenciada pelo reforço positivista do paciente, e este efeito pode ser tão importante quanto os efeitos do tratamento clínico. Quando um indivíduo se sente incapaz de encontrar um significado para os eventos da vida, como a doença, ele sofre pelo sentimento de vazio e desespero. Porém, a espiritualidade oferece um referencial positivo para o enfrentamento da doença, e ajuda amarração amorosa como fazer a suportar melhor os sentimentos de culpa, raiva e ansiedade. Evidências presentes no trabalho da sociedade médica demonstram forte relação entre espiritualidade e processos de saúde, adoecimento e cura. Por exemplo, publicações descrevem que níveis elevados de espiritualidade e religiosidade estão associados a menor incidência de hábitos nocivos que podem ser fatores de risco para o câncer.

Segundo o Guia, pacientes que praticam espiritualidade ou religiosidade referem ter se fortalecido e creem que o câncer proporcionou uma oportunidade de crescimento. Isso, por consequência, levou a uma melhor qualidade de vida do que aqueles que se sentem ressentidos e com sequelas do diagnóstico e tratamento. Para Regina Liberato, coordenadora do comitê de saúde emocional do Oncoguia, “os pacientes e seus familiares buscam na transcendência e na expressão da dimensão espiritual um sentido mais amplo para o adoecimento e motivos para a aceitação e o enfrentamento da doença e às experiências que ela impõe”.

A espiritualidade e os benefícios para a saúde

Para suprir em parte a falta dos irmãos, a quem Kaleb sempre foi apegado, a mãe sugeriu que eles fizessem novos amigos no hospital – alguns mantidos até hoje. O psicólogo Laerson Cândido de Oliveira ressalta o valor do amor, da oração, da positividade e da fé no futuro. “Costumamos ter muita solidariedade em relação a quem está distante de nós, a quem não conhecemos, mas somos incapazes de perdoar as menores faltas cometidas por pessoas do nosso convívio”, diz ele, que dirige o Instituto Espírita Cidadão do Mundo (IECIM), em São Paulo.

Como menor prevalência de tabagismo, menor consumo de álcool, sedentarismo, obesidade e diabetes mellitus. Por outro lado, a raiva, o pessimismo e o medo liberam hormônios do estresse, como adrenalina e cortisol. A pediatra intensivista Cíntia Tavares Cruz sempre quis tratar do tema espiritualidade com as famílias, mas não sabia como abordar. Ao longo do seu curso de medicina na Universidade de Campinas (Unicamp), o mais perto que ela chegou do assunto foi quando aprendeu sobre ética e humanização.

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