Afinal, como as crianças pequenas ainda não sabem olhar as horas para se situar no tempo, ter uma rotina com momentos que se repetem todos os dias ajuda a prever o que está por vir, diminuindo a ansiedade e a agitação. Por exemplo, se a criança sabe que todos os dias depois da história tem o lanche, então, se está com fome durante a história, poderá se autorregular e esperar um pouco mais, pois sabe que logo poderá comer. Da mesma forma, se a criança sabe que todos os dias antes da hora da saída vai brincar no parque, ela já tem consciência de que, após as brincadeiras, chegará o momento de ver de novo os pais e essa percepção minimiza a saudade, dando mais segurança.
Já na área de Linguagens e suas Tecnologias, além da apresentação das competências específicas e suas habilidades, são definidas habilidades próprias para se trabalhar na Língua Portuguesa. É, portanto, um documento que deve ser analisado aos poucos e com o devido cuidado, já que determinará o futuro dos alunos de sua escola. A Base Nacional Comum Curricular é um documento muito extenso e que determina como deverá ser o currículo de cada etapa da Educação Básica. Introduzir os conceitos da BNCC em sala de aula exige trabalho coletivo entre os próprios educadores e as instituições. O primeiro passo é ler o documento para compreender integralmente o que se pretende com a Base Nacional Comum Curricular. Antes de conhecermos quais são as habilidades e competências da BNCC, é preciso compreender o conceito de cada uma e suas diferenças.
E cabe à equipe gestora e aos professores fazerem esse exercício, determinando o que pode ser flexibilizado e qual é o limite. Nesse post, você viu quais são os novos focos da BNCC na Educação Infantil a partir dos conceitos de direitos de aprendizagem e campos de experiências, os quais estão ligados com os eixos estruturais desse segmento – interagir e brincar. No próximo ano, a BNCC trará a orientação de trabalhar com foco nos eixos estruturais, direitos de aprendizagem da criança e campos de experiência.
A BNCC também determina que essas competências, habilidades e conteúdos devem ser os mesmos, independentemente de onde as crianças, os adolescentes e os jovens moram ou estudam. Os campos de experiências constituem um arranjo curricular que acolhe as situações e as experiências concretas da vida cotidiana das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural. A definição e a denominação dos campos de experiências também se baseiam no que dispõem as DCNEI em relação aos saberes e conhecimentos fundamentais a ser propiciados às crianças e associados às suas experiências. A Base Nacional Comum Curricular é um documento que determina o conjunto de aprendizagens essenciais que deve ser desenvolvido em todas as escolas do país, de ensino público e privado na Educação Básica. Seu objetivo principal é o desenvolvimento de habilidades e competências sociais, cognitivas e culturais através do ensino da educação básica.
O seu objetivo é determinar um conjunto de aprendizagens consideradas essenciais no sistema educacional básico para que todos os alunos possam desenvolver ao longo dos anos de estudo. Junto a isso, também é priorizada a integração dos indivíduos por meio do desenvolvimento de habilidades sociais, cognitivas, físicas e culturais. Uma pista importante para começar a construir um conhecimento situado sobre os Campos de Experiência é partir da premissa de que esse é um arranjo curricular que consiste em colocar no centro do projeto educativo o fazer e o agir das crianças. Eles são um campo semântico para o professor e as crianças se movimentarem em suas jornadas de aprendizagem. A BNCC guia as escolas e os educadores na confecção dos planos pedagógicos e das práticas.
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“Quando se está trocando uma fralda, alimentando ou dando banho na criança, é importante que a professora esteja inteira para a criança, que se observe as reações dela, que proponha interações, não pode ser algo mecânico”, explica Mariana Americano, formadora de educadores e membro da Rede Pikler Brasil. Para tratar das habilidades da BNCC, vamos começar te mostrando o que determina a BNCC educação infantil. Mas antes temos que te contar que, ao invés de habilidades, a educação infantil conta com objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Por fim, o quinto campo de experiência, “Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações”, possui uma natureza socioambiental plano de aula educação infantil bncc inclusiva, pois trabalha espaços e tempos de diferentes dimensões em que as crianças vivem inseridas na nossa sociedade. Desde cedo, os pequenos exploram o mundo, o espaço e os objetos do seu entorno, estabelecem relações e, durante a etapa da Educação Infantil, expressam-se, brincam e produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, sobre o universo social e cultural e desenvolvem sua corporeidade. Vivem suas primeiras experiências sociais (na família, na instituição escolar, na educação infantil, na coletividade), constroem percepções e questionamentos sobre si e sobre os outros, diferenciando-se e, simultaneamente, identificando-se como seres individuais e sociais.
Mesmo nas atividades dirigidas pelo professor, o ideal é que a criança tenha espaço e tempo adequados para reagir aos estímulos propostos, sem a intervenção imediata do professor. O adulto não pode fazer tudo por ela, tem de fazer com ela, provocar e observar a resposta”, afirma Beatriz Ferraz, diretora da Escola de Educadores Bacuri. Os cuidados físicos são a principal maneira de estreitar vínculos e transmitir para a criança uma segurança afetiva, que a ajudará a desbravar os conhecimentos do mundo ao seu redor e desenvolver a autonomia. Uma criança insegura pode ter muito mais dificuldade de explorar o mundo por si própria e pode manifestar incômodo ao fazer isso, com reações de nervosismo e irritação.
Eixos estruturantes da BNCC: interações e brincadeiras
Dentro deles, os objetivos da aprendizagem focam em conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. São habilidades socio-comportamentais fundamentais para o desenvolvimento humano, dentro e fora de sala de aula. As práticas sugeridas têm como foco a aplicação efetiva de novos conhecimentos essenciais no âmbito educacional, dentro e fora da sala de aula. As diretrizes buscam uma construção que envolva todos as dimensões de um ser humano, desde comportamentos educacionais, como pensamentos científicos, até atitudes gerais, como responsabilidade e empatia.
A BNCC em cada fase da educação
Pode ter isso, mas precisa ir além”, diz Silvana Augusto, assessora pedagógica de redes municipais de ensino para o segmento de Educação Infantil, formadora do Instituto Singularidades. Nesse contexto, é preciso ter cuidado para não estigmatizar as crianças pequenas, utilizando os objetivos de aprendizagem relacionados às faixas etárias como algo rígido e estanque. “O professor precisa entender que cada criança tem seu tempo e respeitar isso”, diz Maria Thereza Marcilio, coordenadora da Avante, instituição voltada à educação e à mobilização social. A definição e a denominação dos campos de experiências se baseiam no que dispõem as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI), em relação aos saberes e conhecimentos fundamentais a serem propiciados às crianças e associados às suas experiências. Como vimos anteriormente nesse post, as interações e as brincadeiras fazem parte dos eixos estruturais da Educação Infantil e são eles que asseguram às crianças os direitos de aprendizagem.