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Como a ciência explica os segredos dos vícios

Agora é heroína mais cocaína, metanfetaminas e, mais recentemente, um anticonvulsivo chamado gabapentina. Muitos bebés estão mais doentes e precisam de cuidados mais prolongados.Sara Murray pega suavemente num rapaz de 41 dias e segura-o junto do peito. Enquanto a chupa como um pistão, rápida e furiosamente, ela agarra-o com firmeza e balança de forma quase imperceptível. Pouco depois, o queixo do bebé relaxa, as pálpebras começam a fechar-se e ele cai no sono. BEBER MODERADAMENTE – Sylvie Imbert e Yves Brasey dizem ter-se libertado da dedicação à garrafa devido ao baclofeno, um fármaco utilizado no tratamento de espasmos musculares. Actualmente, Yves (na imagem, a beber uma cerveja no Hotel Luxembourg Parc, em Paris) só bebe pouco de cada vez.

O que acontece no cérebro durante o vício?

Ora, é muito difícil, se não impossível, viver sem se conectar à internet, fazer compras ou ter relações sexuais. Por essa razão, o objetivo do tratamento não é a privação total, mas a mudança responsável de um padrão de comportamento. A exemplo de outros tipos de dependência tecnológica, a linha que separa o hobby do vício é a perda do controle.

O vício é uma questão apenas individual?

Em vez de fazê-lo naquele momento, eles liberam dopamina quando expostos a estímulos que previam a chegada da recompensa. Dessa maneira, parece que a dopamina está intimamente relacionada à busca de recompensa no cérebro. A partir de estudos realizados em primatas não humanos, descobriu-se que as células da dopamina cerebral são inicialmente liberadas em resposta a uma nova recompensa. Após a exposição repetida a essa recompensa, os neurônios param de secretar o hormônio na presença de uma recompensa previsível. Embora a força de vontade seja importante, o vício é uma condição complexa que envolve fatores genéticos, ambientais e neuroquímicos. Portanto, é fundamental entender que o vício não é simplesmente uma questão de falta de determinação.

Sintomas de depressão

Fez três meses de reabilitação e teve uma recaída 36 horas depois de sair do centro. Passou mais oito meses noutro programa, mas no dia em que regressou a casa, encontrou o seu traficante e repetiu o consumo. Não conseguia imaginar uma maneira de parar.”Quando a mãe o pressionou a falar com o médico, Patrick cedeu. Descobriu que só teria de sentar-se numa cadeira parecida com a de um dentista e deixar o médico, Luigi Gallimberti, segurar um dispositivo junto da sua cabeça e, em teoria, isso reprimiria o seu desejo por cocaína. Luigi Gallimberti, psiquiatra especializado em toxicologia, dedica-se há 30 anos ao tratamento da dependência e tem uma clínica em Pádua. A sua decisão de experimentar a técnica de estimulação magnética transcraniana (EMT) enraizou-se em progressos significativos na ciência da dependência e na sua frustração face aos tratamentos tradicionais.

Isso porque uma recaída faz, via de regra, com que a pessoa volte a se comportar da mesma forma que antes, independentemente da quantidade. Para os ratos, a sensibilização à dopamina pode clínica de recuperação se estender por metade de suas vidas. A tarefa para pesquisadores, agora, é descobrir se eles conseguem reverter essa sensibilização nos ratos – e, espera-se, também nos humanos.

O que acontece com o cérebro de um viciado?

Quando a dopamina era retirada de seus cérebros e coisas açucaradas eram colocadas em suas gaiolas, eles simplesmente deixavam de correr atrás desses alimentos. Junto a essa suposição – de que gostar é o mesmo que querer – havia outra. Na época, acreditava-se que o hormônio chamado dopamina era o responsável no cérebro tanto por querer, quanto por gostar. “Isso fazia ele ficar muito, muito excitado sexualmente”, conta Kent Berridge, professor de biopsicologia e neurociência da Universidade of Michigan. E, com os eletrodos, ele se sentia atraído tanto por homens quanto por mulheres.

Por exemplo, o uso de drogas sintéticas pode levar à destruição de áreas do cérebro associadas à memória e à tomada de decisões, enquanto o vício em jogos pode afetar a capacidade de planejamento e organização. Seja em relação a substâncias como álcool e drogas, ou comportamentos como jogos de azar e uso excessivo de tecnologia, entender como o vício funciona em nosso cérebro é fundamental para lidar com esse desafio de maneira mais informada e eficaz. No entanto, as drogas viciantes não apenas sequestram precisamente 100% das mesmas células nervosas ativadas durante a excitação sexual, elas também cooptam os mesmos mecanismos de aprendizado que evoluíram para nos fazer desejar a atividade sexual. A ativação dessas mesmas células nervosas que fazem com que a excitação sexual seja tão desejável ajuda a explicar porque drogas como a metanfetamina, cocaína e heroína podem ser tão viciantes. Além disso, tanto o sexo quanto as drogas podem induzir um fator de transcrição DeltaFosB, resultando em alterações neuropáticas que são praticamente identicas tanto no condicionamento da resposta sexual E no uso cronico de drogas.

É por uma necessidade de dopamina instantânea e em elevada quantidade no cérebro, que a droga é capaz de oferecer. No entanto, não existem sintomas físicos no viciado quando ele não se deixa levar pelo seu desejo. Ele tinha problemas com drogas e havia sido expulso do exército por sua homossexualidade.

Quando o médico pediu que B-19 decrevesse como os eletrodos o fizeram se sentir, ele esperava que o homem usasse palavras como “fantástico”, “maravilhoso”, “sensacional”. Ele conclui que isso pode, nos seres humanos, estar relacionado à decisão de escolhas arriscadas diante de desejos excessivos. A taça de champanhe no Réveillon e as promoções de Black Friday e Natal pedem cautela nesse sentido. E sabemos que, quando combinadas, elas aumentam as chances de recuperação”, conta Zila Sanchez, coordenadora do Núcleo de Pesquisa em Prevenção ao Uso de Álcool e Outras Drogas da Unifesp. “Com a pandemia, aquele baixo-astral no mundo, passei a fumar o triplo de antes”, contou à imprensa.

DOENTES, NÃO PRISIONEIROS – Este homem, detido por suspeita de consumo de heroína em Seattle, foi conduzido a um programa de tratamento de droga para transgressores de menor gravidade relacionados com droga. Este programa inovador, em curso há mais de cinco anos, reflecte uma noção crescente de que o consumo de drogas deriva por norma da dependência e pode ser tratado como doença. O programa reduziu a reincidência entre os transgressores canalizados para lá do sistema de justiça criminal. ANIMAL DE COMPULSÕES – Este rato é atraído pelo mesmo tipo de luzes a piscar e sons tilintantes que mantêm os seres humanos a jogar nos casinos. Perante uma variedade de aberturas que o recompensam com grânulos de açúcar, o rato toca insistentemente na que lhe promete uma recompensa maior, mas menos probabilidades de ganhar.

Além disso, o consumo excessivo de álcool pode levar à destruição de neurônios e áreas do cérebro responsáveis pela memória, aprendizado e tomada de decisões. O vício não é apenas psicológico, causando também mudanças físicas no cérebro. As áreas do cérebro relacionadas ao autocontrole, tomada de decisões e julgamento podem ser comprometidas, tornando mais difícil para a pessoa resistir aos impulsos viciantes. Certos estímulos do ambiente, conhecidos como gatilhos, podem desencadear o desejo intenso pela substância ou comportamento viciante.

Mesmo nos momentos mais difíceis, é fundamental acreditar em si mesmo e buscar ajuda. Com o apoio certo e a determinação necessária, é possível superar o vício e construir uma vida saudável e feliz. Não, o vício também afeta as pessoas ao redor do indivíduo viciado. Familiares e amigos próximos podem sofrer com as consequências do vício e também precisam de apoio. Portanto, é importante envolver a família no processo de recuperação. Quando experimentamos algo prazeroso, como comer um chocolate delicioso, nosso cérebro libera dopamina, um neurotransmissor que nos faz sentir bem.

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